Certa vez
conheci uma menina,
de olha
intenso, penetrante,
de um
sorriso espontâneo, contagiante,
de alma
forte e intrigante.
Certa vez
conheci uma menina,
que tinha
tantos sonhos
e também
um jeito próprio de ser.
Às vezes
vista como louca,
mas
preferia ser vista como tal
a perecer
nas teias sem vida da rotina.
Certa vez
conheci uma menina,
que podia
até ser louca,
mas era a
loucura que a ajudava a se equilibrar
na corda bamba
dos problemas da vida.
Certa vez
conheci uma menina,
louca, se
apaixonava hoje
e se
decepcionava amanhã.
Procurava
então ser racional,
mas então
o espírito da loucura
lembrava-a
que a graça era,
justamente
não ser como tal.
Certa vez
conheci uma menina,
menina
essa que batia de frente
e de tanto
se questionar, aprendeu a ser gente.
E de repente,
não mais que de repente,
já não era
mais uma menina,
era uma
mulher.
Foi então
que conheci essa mulher que dizia:
“Loucos
são aqueles cuja sociedade não dobra,
cujos
sentimentos afloram,
sem medo
do que os outros pensam.”
E pensando
bem,
loucos são
apenas os outros,
que não se
permitem viver intensamente
e vivem
acorrentados à rotina do presente.
Certa vez
conheci uma mulher,
de olhar
penetrante,
sorriso
contagiante
e alma
intrigante,
mas que
atraia aqueles ao seu redor,
não por
ser igual aos outros,
mas,
justamente porque era diferente.
Ainda bem que a maioria dos loucos tem mais juízo que muita gente.
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