Tempo...ah
esse tão famigerado e ingrato tempo. Esse tempo que para ela tem sido de espera,
de angústia por certas vezes, de boas lembranças e também de esperança. Um
tempo que às vezes parece estar contra ela. E qual será o verdadeiro peso do
tempo? – Se perguntava em meio as noites em claro, enquanto ela tentava colocar
sua cabeça em ordem.
O
tempo deles era incrivelmente leve, tanto que parecia passar mais rápido e
enquanto ela estava sentada ao lado dele em um banco qualquer da cidade ela só
queria, em meio as brincadeiras, que aquele tempo parasse para aproveitarem aquele
momento onde não importavam os rótulos da sociedade convencional...eles eram
apenas eles.
E
em meio aquele tempo deles ela percebe a sombra de um outro tempo. Aquele tempo
que assombrar, que faz o coração apertar e que traz consigo aquele medo que ela
tem – medo de que aquele que a reconforta no abraço se vire e vá se afastando
sem olhar para trás.
Ela
só queria mostrar que seu tempo pode valer a pena e que apesar de não ter
argumentos que possam ser tão fortes quanto o peso do tempo de um outro relacionamento,
ela carrega consigo a força de um verdadeiro sentimento. Um sentimento que a
faz suportar no decorrer do tempo cada momento em que a angústia falou mais
alto e quando o tempo antigo aparece para assustá-la.
O
tempo futuro pode ser incerto, mas a única maneira de saber é arriscando um
outro tempo e deixar que ele te surpreenda.
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