Ela
estava em um daqueles dias em que a cabeça estava tão abarrotada de pensamentos
que mais parecia uma noite de tempestade que não parecia dar sinais de que ia
terminar tão cedo. Deitada no chão e com as pernas apoiadas na parede ela
tentava, em vão, achar um fio de pensamento para começar a escrever um poeminha
que fosse.
E
quando parecia que algo ia começar a se formar vinha mais uma rajada de
pensamentos, que reviravam sua cabeça, deixando-a sem direção a seguir. Tantos
fragmentos de pensamentos, sentimentos diversos, pessoas diferentes que faziam
a cabeça dela virar para baixo, causando uma tremenda confusão.
Talvez,
no fundo ela só quisesse desaparecer, se afastar por um tempo de tudo e todos
para tentar colocar os pensamentos em ordem – tarefa um tanto quanto
complicada, pois independentemente do lugar os pensamentos estavam com ela e
iriam aonde ela fosse.
O
que fazer para tudo isso passar? – pensava ela enquanto bagunçava o cabelo ao
se levantar. A certeza era somente uma, só iria passar quando a decisão final
fosse tomada.
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